DOENÇA DE BEHÇET
O QUE É?
A Doença de Behçet consiste em uma inflamação crônica dos vasos sanguíneos (vasculite) e geralmente é acometida em homens e mulheres de origem asiática, entre os 20 e 40 anos de idade. Diferentes genes aumentam o risco de desenvolvimento da doença, mas fatores ambientais também podem ser considerados.
Ela pode causar feridas na boca e genitais, problemas oculares e lesões na pele. O sistema nervoso, trato digestivo e as articulações são regiões que possuem chances de inflamação.
CAUSAS
A causa ainda é desconhecida, por isso, não há nenhum desencadeador específico. Entretanto, o risco parece ser maior em pessoas com características genéticas específicas, como por exemplo, pessoas que possuem um gene chamado HLA-B51.
SINTOMAS
● Úlceras orais: feridas na na boca, no interior das bochechas ou na base das gengivas;
● Úlceras genitais: em mulheres pode ser encontrada na vulva, e em homens, no pênis ou testículo;
● Lesões de pele;
● Dor na articulação;
● Inflamação no olho;
● Alterações neurológicas;
● Diarreia;
● Inflamação nos vasos sanguíneos.
DIAGNÓSTICO
Geralmente o diagnóstico da doença é analisado de forma clínica, tendo como base as manifestações apresentadas pelo paciente. Não há exames laboratoriais, e como a complicação pode apresentar sintomas envolvendo diferentes partes do corpo, o auxílio de oftalmologistas, dermatologistas e neurologistas pode ser essencial.
TRATAMENTO
Não existe cura para a Doença de Behçet, mas o tratamento é essencial a fim de aliviar os sintomas da doença. Ele é realizado de forma individualizada e específica, visto que é necessário saber quais os sinais manifestados pelo paciente. As aftas, por exemplo, podem ser tratadas com corticosteroides tópicos, anestésicos ou antissépticos bucais.
Para lesões na pele, dores articulares e úlceras genitais, podem ser utilizados medicamentos como corticosteroides orais, colchicina, pentoxifilina, penicilina, dapsona e talidomida. Complicações mais graves como inflamações oculares e alterações neurológicas, é recomendado o uso de imunossupressores como azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina e metotrexate.